Energia à custa
de sangue!
Como já é de costume, governos com mania
de grandeza resolvem destruir o meio ambiente em prol do Progresso, Belo Monte é um exemplo clássico.
Mais um elefante branco na selva amazônica.
O projeto é criar uma usina hidrelétrica com: aproximadamente
4 barragens, 2 casas de força, 27 diques, 3 canais de enchimento, 7 canais de
transposição e 1 canal que desviaria o
rio Xingu. E como a corda arrebenta sempre para o lado mais fraco,
aproximadamente mais de 6000 pessoas vão ter as terras desapropriadas, entre
essas pessoas, indígenas e de cultivadores de cacau.
Mas quem se da mal não são só eles. O custo elevado
de 30 bilhões sai do bolso do contribuinte (é, sai do seu bolso, e que poderiam
estar construindo escolas e hospitais) vai direto para a construção da
magnifica obra que se orgulha de ser chamada como: a terceira maior usina
hidrelétrica do mundo. Números que não agregam ainda o superfaturamento.
Tao grandiosa que funcionara apenas nos meses de “cheias”,
ou seja, apenas 4 meses, o resto do ano não conseguiria gerar energia de todo
seu potencial.
Resquício da ditadura militar:
O projeto inicial foi desenvolvido na década de 70,
não época, os estudos sobre o impacto ambiental não são, nem de perto,
comparados os de hoje.
Sabe se que a dinâmica das populações ribeirinhas
esta justamente nos períodos de cheias e secas. Pois bem, cria se as barragens
e destrói todo um ecossistema. Quem depende da pesca ou caça não esta nem sendo
ouvido. O governo deveria fazer uma consulta a essa população ribeirinha, mas
na verdade, eles decidem, dão as ordens e executam, vetando aos ribeirinhos
(que também são brasileiros) os tão falados direitos humanos.
Perguntas:
Quem sai ganhando com isso? Brasileiros? Tendo uma
produção de energia maior? Ou as indústrias estrangeiras que montaram a
hidrelétrica? Ou pior as empresas de exploração mineral? Mas a pergunta
principal é: exploração mineral, ainda nos deixe na situação de colônia?
Submissa a um governo que dita às regras de forma velada? E os ribeirinhos, que
migraram para cidades? Caíram na marginalidade e contravenção devido à falta da
educação formal? Há muito ainda para se discutir, mas parece que os
privilegiados do centro - sul dos pais ignora o resto do Brasil. Vergonha.
Danos são quase da mesma proporção dos gerados pela energia nuclear.
Parece piada, mas o Brasil ainda se diz defensor do
meio ambiente e dos direitos humanos.
José Paulo Nogueira Negri Filho